por Deivison Arthur
Co-Founder & CEO - EB.TECH
3 min

O impacto da tecnologia na inteligência humana e a utopia da consciência computacional.

René Descartes certa vez disse: "O problema da humanidade é que ela anda por aí e acha que existe. Se você tirar a memória das pessoas, elas não sabem nem voltar para casa. É por isso que eu digo: ‘Penso, logo, existo!’"

https://media.discordapp.net/attachments/944302306604773492/1144714929732063242/image0.gif

A tecnologia está fazendo com que parte da humanidade deixe de existir. O antropólogo Yuval Noah Harari, autor de ‘Sapiens’, prevê que muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não serão mais empregáveis

"Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis" é o que diz um artigo do portal época negócios de 2018.

Essas afirmações provocadoras de René Descartes e Yuval Harari, nos faz refletir sobre como a tecnologia está cada vez mais substituindo nossa memória e inteligência emocional (a eterna busca do LIKE), e influenciando a nossa percepção de existência.

Hoje, vivemos em um mundo onde a dependência das redes sociais é cada vez mais comum, especialmente entre os jovens. Mas até que ponto isso está nos afastando da nossa verdadeira essência?

A tecnologia está usando o processamento estruturado (um complexo conjunto de IFs), para substituir nossa memória e inteligência. As pessoas estão se esquecendo de informações essenciais, como guardar números de telefone, endereços e até mesmo habilidades básicas de cálculo.

A dependência excessiva da tecnologia está fazendo com que o ser humano médio perca sua capacidade de lembrar e realizar tarefas simples sem ajuda externa.

As Redes sociais e a busca por existência:

A geração mais jovem começa suas vidas já conectada às redes sociais. Enquanto algumas celebridades mundiais falam abertamente sobre não permitir que seus filhos tenham acesso às suas próprias plataformas.

A série "Detox" da Netflix, retrata essa experiência, onde os jovens ficam sem redes sociais por um mês. O medo de serem esquecidos ou de perderem sua importância é uma preocupação comum.

É hora de refletirmos sobre como equilibrar a tecnologia com o desenvolvimento de habilidades cognitivas e memória. Estamos vivenciando uma revolução tecnológica que está transformando radicalmente a sociedade em todos os aspectos.

No entanto, é importante ressaltar que a utopia da consciência computacional, na qual muitos temem, não existe. A inteligência artificial atual está longe de ser considerada inteligente, muito menos consciente. Mesmo as redes neurais mais impressionantes são incapazes de raciocinar de forma lógica e coerente. Devemos abordar a tecnologia com um olhar crítico e evitar cair no medo infundado de uma dominação das máquinas.

A tecnologia está desafiando nossa memória e nossa percepção de existência. É fundamental encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e o desenvolvimento de habilidades cognitivas.

Devemos estar conscientes dos impactos negativos, ao mesmo tempo em que aproveitamos as inúmeras vantagens que a tecnologia nos oferece.

E você… existe?